Nunca fui muita fã de romances. sempre gostei do romance como segundo plano de uma história, assim não ficaria um enredo meloso e sim, uma leitura prazerosa e que flui bem (isso ao meu ver). Porém, ano passado, decidi encarar um livro de Nicholas Sparks, um dos menores de sua autoria, inclusive. Devo dizer que acabei me surpreendendo.Eu decidi, nessa resenha, contar toda a minha experiência com o livro, logo se você quiser pular todo meu blá blá blá e ler sobre o livro, vá direto para o 4º parágrafo (à partir desse).
Bem, esse livro mencionado na introdução é Um Amor Para Recordar. A resenha não é sobre ele, mas será inevitável citá-lo algumas vezes durante a resenha.
Sou uma leitora de primeira viagem quando se trata de romances, já que comecei a provar um pouco mais do estilo nos últimos dois anos. Isso tirando Crepúsculo, que li assim que lançou e começou aquela febre mundial (e sem querer ofender nem nada, acho que foi ter lido Crepúsculo e Eclipse que me fez ter sentir aversão por romances). E também tirando os romances de John Green e outros livros como Fazendo Meu Filme.
Não conheço muito de Nicholas Sparks, mas sei que ele é referência em seu gênero. Ele é idolatrado por milhares de pessoas graças a seus romances não-água-com-açucar que se tornaram bestsellers e inclusive ganharam adaptações cinematográficas. Sempre tive interesse em ler suas obras, porém sempre fui crítica em relação a histórias de amo e julgava que seus livros eram mais do mesmo (com isso, quero dizer a velha história de "menina se apaixona pelo menino, alguma coisa surge para atrapalhar, alguém morre, mas eles ficam juntos no final e felizes para sempre, fim"). E já que não podemos julgar um livro pela capa, muito menos pelo tema, decidi encarar o "desafio", a leitura de um livro do homem considerado um dos maiores mestres do estilo.
Peguei então na biblioteca Um Amor Para Recordar. Terminei o livro no mesmo dia. Me emocionei e fiquei com aquele "vazio automático" pós-término de livro. Decidi que o próximo livro que eu leria também seria de Sparks e optei por A Última Música, já que eu havia assistido algumas partes soltas do filme. Porém, por algum motivo que não me recordo, tive que parar a leitura - li umas 80 páginas e devolvi para a biblioteca. Nesse meio tempo (mais de 5 meses depois) vi o filme duas vezes e me emocionei em ambas.
Alguns dias atrás, peguei o livro de novo para ler, já sabendo o que me aguardava no final, porém gostei tanto de Um Amor para Recordar que eu sabia que valeria a pena ler o livro.
Tenho como referência de Sparks apenas esses dois livros, logo farei uma leve comparação entre eles julgando que suas outras obras sigam a mesma linha.
A leitura se torna extremamente rápida, flui muito bem e isso, aparentemente, se deve ao ótimo estilo de escrita do autor unido ao enredo dinâmico. Para quem não gosta muito de livros grandes, a boa notícia é que a fonte é num tamanho grande (acho que umas quatro vezes maior que a dos livros de Game Of Thrones hahaha) e isso facilita mais ainda a leitura.
A história é sobre Veronica ou, como ela gosta de ser chamada, Ronnie, uma garota de dezessete anos que viaja de NY, com seu irmão Jonah, até uma cidade litorânea onde mora seu pai, Steve. Seu pai, que era um famoso professor de piano, após uma turnê pelo país, acaba deixando a casa e se divorciando da mãe de Ronnie, o que causa um grande ressentimento na garota. Então, após 3 anos sem falar com o pai, a garota se vê sendo obrigada a passar as férias de verão com Steve num bangalô de praia que fica numa cidade pacata.
Na noite em que chega, Ronnie vai para o festival local e acaba passando por um (pequeno) incidente que é causado por Will Blakelee, um garoto super lindo e popular e graças a isso faz amizade com Blaze, uma garota bem diferente, que namora Marcus, um jovem problemático. O que ela não sabe é que graças as pessoas que conheceu nesse festival, a sua estadia na cidade será tudo, menos entediante.
Com o passar do tempo, os laços entre Ronnie e o seu pai acabam se renovando e se estreitando e a menina que veio de NY começa a mudar aos poucos.
Ela acaba se envolvendo com Will, porém suas diferenças acabam sendo cruciais para que esse relacionamento dê certo ou não.
Graças a um acidente que Will, Marcus e Scott, melhor amigo de Will, presenciaram (ou participaram?), há uma tensão clara entre eles, o que torna tudo pior, já que Marcus provoca os dois em relação a isso (e enquanto Marcus não tem nada a perder, Scott e Will tem muita coisa em jogo).
O livro é, com certeza, muito tocante, já que não conta apenas uma história de amor, mas também retrata conflitos familiares, tendo como foco principal a relação pai e filha. Preparem-se, porque chegando no desfecho do livro, você não vai conseguir continuar sem chorar, chora e chorar.
5/5 estrelas.
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