terça-feira, 23 de setembro de 2014

Livro vs Filme - A Culpa é das Estrelas

A Culpa das Estrelas foi um dos filmes mais esperados do ano, já que o bestseller de mesmo nome foi líder de vendas e se espalhou por todo o mundo. Todos ficaram tocados com a história de Hazel Grace Lancaster (ou como o próprio Augustus a chama, Hazel Grace), que carrega consigo um câncer de pulmão e apesar de estar conformada com o mesmo, procura propósitos em seu mundo.

Além da comparação entre livro e filme, este post também expressa a opinião de sua autora. Este é o primeiro post de "Livro vs Filme", logo sua estrutura e estilo podem sofrer alterações futuramente.



O romance tornou-se tão popular por ter uma abordagem diferente, principalmente por refletir sobre a vida, sobre felicidade, sobre o tempo, o amor, tudo de uma forma ao mesmo tempo simples e filosófica, com associações que ampliam um pouco a nossa visão de mundo. Alguns consideram a abordagem do livro um banalização do câncer e da morte, porém temos que observar tudo pensando mais na essência da coisa.


A adaptação para cinema é certamente fiel ao livro, focando nas principais partes, sem ficar acrescentando cenas ou cortando coisas importantes como em muitas outras histórias que viraram filmes. Minha crítica é relação a "força" com que o enredo é passado: muitas vezes as cenas eram de um tom mais forte, pelo menos ao lê-las eu as via assim, e tudo no filme parecia mais atenuado, que reflexões durante as conversas eram apenas conversas e não que Hazel estava redescobrindo o mundo, enxergando tudo de um ponto de vista diferente com a ajuda de Augustus.

Com poucas cenas apenas da garota (a maioria são do casal em suas interações profundas) fica um pouco difícil conhecer o indivíduo Hazel Grace, o que é até compreensível já que é complicado transmitir tudo num filme. Porém isso é algo fundamental na história, já que é nessa hora que entendemos as dificuldades e os "e se" que a seguem por todos os lados.

No filme, as partes que mais me tocaram foram, principalmente, as cenas na casa de Anne Frank, que para quem não sabe, é uma garota judia que se escondeu com a família nos fundos de um escritório durante o nazismo, graças a perseguição sofrida na época. Anne viveu lá até a captura de sua família e foi mandada para os campos de concentração junto com sua irmã, que, assim como ela, faleceu de sifo. Durante o passeio pela casa, ouve-se passagens do diário de Anne Frank que falam sobre diversos sentimentos em relação à vida e à felicidade que se encaixam com a história da protagonista e nos leva a um momento de meditação com o nosso ser.
Assim como no livro, me emocionei no discurso do funeral de Gus, que é uma parte que destrói você em pedacinhos, principalmente se você for muito emotivo. Não cheguei a chorar litros nem nada disso, mas por dentro veio aquele clássico sentimento de "está faltando alguma coisa aqui". Agora se você realmente quer ter seu coração partido, vai ser na carta de Gus que você irá desabar (ou não, depende ainda do seu nível de emotividade), acredite.

Algumas músicas da trilha sonora considerei um pouco distantes da história, sem relação, mas por mais incrível que pareça, elas conseguem se encaixar com a cena (pode parecer paradoxal, mas isso fará sentido ao ver o filme).

Para quem ainda diz que a história não tem nada de mais, é apenas superestimada, concordo apenas um pouco: a história é simples com um significado enorme e a partir daí, vai de cada um interpretá-la do jeito que quiser, apenas como uma história ou como uma mensagem para a vida.

O QUE FALTOU NO FILME:
  • Um pouco mais de Isaac, que é um personagem crucial na trama, com seu drama paralelo ao de Hazel, que nos faz sofrer com ele e amá-lo.
  • Cenas na casa de Augustus. No livro, cenas na casa de Augustus são essenciais para que haja uma maior compreensão do garoto e para estreitar a relação entre ele e Hazel Grace.
  • Explorar um pouquinho mais a relação entre Hazel e a família. É algo extremamente importante, já que essa é uma questão que a cerca e apesar das cenas cheias de abraços e da principal delas, a da "discussão" (que com certeza deveria ter sido mais emotiva), terem sido muito boas, ainda senti falta de um pouco mais delas.
Avaliação:
Livro: ♥♥♥♥
Filme: ♥♥♥

E você, o que acha? O filme foi fiel ao livro? O sucesso atribuído a ambos foi merecido? Deixe sua opinião para nós!

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